Fui á Dra. Eliana ( linda! ela que vai cuidar de mim agora e do meu próximo filho!) tirei meu ponto e algumas dúvidas. A Tia Cristina foi comigo, outra linda! Até então foi tudo lindo e perfeito, até o momento em que a Lolo me levou para trocar a cinta pós parto que ficou pequena.
Quando cheguei ao estabelecimento, a menina que me atendeu lembrou de mim e pegou minha cinta para trocar. Ela procurou, mas só tinha a P que estava no mostruário na sexta-feira quando comprei a minha. Aí a menina disse assim, eu não tenho mais dela, e eu perguntei de poderia fazer pedido e quanto tempo iria demorar. Ela respondeu que não trabalhava mais com o fabricante e que não dava para fazer pedido. Disse que eu poderia trocar por um outro modelo, mas como eu havia visto no outro dia, elas custava mais que o dobro do que a minha e sinceramente não acho que seria necessário uma cinta tão cara! Eu disse que não tinha dinheiro para pagar a diferença e como poderíamos resolver, já que ela não tinha outro produto e eu precisava da cinta. Ela tentou ligar para várias pessoas e pediu a todo tempo para o dono da loja ajudar e me atender, mas ele estava atendendo uma pessoa que iria comprar uma cadeira de rodas e não deu atenção a vendedora. Quando ela me falou que poderia fazer um vale e que eu poderia trocar por qualquer outro produto, eu disse que não precisava de outro produto e esperava não precisar (pois era uma loja de produtos cirúrgicos) e que eu achava que ela não havia me atendido de maneira adequada, pois ela deveria ter me falado que não trabalhava mais com o produto, pois se isso tivesse ocorrido eu não teria comprado essa cinta específica, escolheria outra ou teria ido em outra loja. E que por trabalhar com estes produtos deveria saber vender o produto, pois ela disse que a M me serviria e que a G iria ficar enorme. Ela saiu nesse momento e foi tentar ligar novamente, o dono da loja ficou muito irritado por estar atendendo a cliente bem ao meu lado e assim que ela saiu disse pra mim o seguinte: Porque você agrediu minha funcionária e a tratou com falta de educação? eu respondi que não a tratei com falta de respeito e nem a agredi, pois disse somente que ela não me atendeu de maneira adequada e que em nenhum momento disse que ela foi mal educada ou me tratou mal. Ele continuou dizendo que eu era arrogante, mal educada e que estava falando daquele jeito pq a loja dele era simples e pequena e que se seu tivesse no Carrefour ou nas Lojas Americanas, nunca falaria assim com eles e blá blá blá... sempre me ofendendo e me dizendo palavras duras, mal educadas e mentirosas. Nesse momento ele disse que não iria resolver meu problema, que era pra eu sair da loja dele e sumir. Então eu disse que iria ligar para o polícia. Quando eu estava ligando, minha mãe entrou na loja e ele veio atendê-la.Assim que ela se apresentou ele disse que queria falar com ela e eu pedi que ela não conversasse com ele, pois como ele era mentiroso iria engana-la e ele não merecia mais conversa. Ele ainda teve a cara de pau em dizer para a vendedora dele que iria acontecer o mesmo que aconteceu com a outra moça e que não adiantaria nada vir a polícia pois ele não estava nem ai.
Fiquei em frente a loja aguardando a polícia e resolvi entrar na loja para pedir minha nota fiscal (que ela não havia me entregado no dia da compra), ele me expulsou da loja e fez a pior coisa que ele poderia fazer para uma mãe que perdeu seu filho e tão recentemente. Ele apontou o dedo na minha cara e disse em tom de ameaça e muito alto: QUEM TE FALA AGORA É UM ESPÍRITA. VOCÊ PERDEU SEU FILHO PORQUE É UMA PESSOA ARROGANTE, MAL EDUCADA, GROSSA E EU TE DIGO QUE MUITO MAIS VAI ACONTECER COM VOCÊ, PORQUE GENTE ASSIM COMO VOCÊ MERECE ISSO. VOCÊ VAI SOFRER AINDA MAIS. Na hora que ouvi aquilo meu coração se encheu de dor, meus olhos de lágrimas e eu respondi: ESTA AMARRADO EM NOME DE JESUS! e ele sem pestanejar respondeu: VAMOS VER O QUE SEU JESUZINHO PODE FAZER! Eu abaixei a cabeça e sai da loja novamente com o coração em frangualos, afinal, o que minha filha tem haver com isso? Nossa, posso dizer que foi desumano o que esse homem fez, de verdade!
A polícia chegou e fui relatar o que aconteceu. Contei tudo e no memento de falar o que ele disse sobre a perda da Olívia, não aguentei e me emocionei. Pedi desculpas aos policiais e continuei o boletim.
Um dos policiais foi até a loja e conversou com ele. Minha mãe e a Lolo ouviram algumas partes da conversa e disseram que ele estava colocando a situação como se eu tivesse histérica, agredido a funcionária dele e que ele a todo momento tentou resolver de maneira amigável e eu que não quis. Quando estava acabando o boletim, o policial chegou e disse que ele havia encontrado uma cinta com apenas 15 reais de diferença da outra e que ele estava disposto a pagar até o motoboy para levar na minha casa amanhã mesmo a cinta. Como o que eu queria desde o início era resolver o problema, entrei até a loja com os policiais. Ele disse que já havia me dito que até a cinta que eu comprei ele conseguiria para amanhã e que tinha a outra também, que no caso não me serviria pois era muito baixa. E o policial perguntou novamente, se ele poderia então conseguir a mesma que eu havia comprado e ele respondo apenas dois minutos depois o contrário. Disse que não, pois era fornecedor de São Paulo. Pois bem, quem será que estava mentindo? Eu? Pois bem, resolvi meu problema, não do jeito que eu queria, pois minha mãe para resolver acabou comprando a cinda cara de 130 reais pagando a diferença. No momento de acertar o motoboy, descobrimos mais uma mentira. Ele disse que teríamos que pagar 6 a 7 reais. Antes de sair, eu disse pra ele em prantos para ele nunca mais falar daquela maneira com uma mãe que havia perdido seu filho, pois ele não entendia a dimensão dessa perda e sabe o que ele respondeu? POIS É, VOCÊ É MUITO NOVA E VAI AMADURECER MUITO AINDA. INFELIZMENTE SEU FILHO PAGOU POR VOCÊ SER ASSIM ARROGANTE E VOCÊ AINDA VAI FAZER TODOS A SUA VOLTA SOFEREM MUITO, POIS GENTE COMO VOCÊ NÃO SOFRE, QUEM SOFRE SSÃO OS TERCEIROS QUE ESTÃO AO SEU LADO. Eu respondi: O senhor não sabe o que esta falando. Virei as coisas e sai. Só que ao sair eu burra e idiota, pedi desculpas e sabe o que ele respondeu? OLHA, ERA ISSO QUE EU QUERIA FALAR COM A SENHORA (minha mãe) QUANDO SUA FILHA NÃO PERMITIU (sobre a cinta). E AGORA, A SENHORA PODERIA PROCURAR UM ATENDIMENTO PSICOLÓGICO PARA ELA, POIS É DISSO QUE ELA PRECISA! e eu respondi burramente, e o senhor precisa ter mais educação e tratar as pessoas com mais respeito!
Que idiota! Deveria ter pego aquelas cadeiras e jogado na cara dele. Que raiva! Meu Deus! eu sai de lá chorando e um policial me acompanhou. Assim que saímos da loja ele me disse assim: Olha, não fica assim não! Ele disse que era espírita né? Pois é gente assim não tem coração. É frio. Não entende a dor das pessoas. E ele deveria tratar as pessoas com mais amor e respeito, pois ninguém vem até a loja dele comprar um produto feliz. Ninguém quer ter que vir comprar uma cadeira de rodas ou um tubo de oxigênio para respirar. Se fosse uma loja de roupas ou sapatos, tudo bem, a gente compra e sai feliz. E outra, mal sabe ele que a vida começa depois da morte e quando ele estiver queimando, vai lembrar o que falou de Jesus e ai vai ser tarde!
Eu sai de lá destruída e humilhada. Nunca na minha vida me senti tão humilhada. As palavras dele machucaram ainda mais meu coração e justo hoje que eu estava tão bem! Cheguei a pensar até o que eu poderia ter feito de tão mal em minha vida para merecer perder um filho. Essa dor que não tem explicação. E nada me veio a mente. Pois deveria ser algo a ponto de não conseguir colocar a cabeça no travesseiro ou fechar os olhos sem me lembrar todos os dias, mas eu juro que não me lembro!
Pensei que 2011 seria melhor que 2010, mas agora estou ficando com medo. Se continuar assim... vai ser complicado continuar!
Como sempre eu tento ver o lado bom das coisas, apesar da dor, cheguei a essa conclusão:
Aprendi, que palavras machucam mais que agressão física, pois a dor do corpo, médicos e remédios curam, mas a dor da alma, é muito difícil de se curar e tirar da mente e do coração.
A partir de agora, vou prestar mais atenção em como trato as pessoas, para não causar a elas o mesmo mal que foi causado a mim.
Com carinho,
Roberta