... para o bem daqueles que amam a Deus"
Eu nunca duvidei disso, apesar de muitas vezes pensar se era necessário passar por algumas situações.
Neste mês a Olívia teria completado 2 anos e 6 meses de vida. Sempre para para pensar em como ela estaria e em como minha vida se transformou depois que ela chegou e partiu. Quantas pessoas conheci, quantas amizades fiz, quantos valores mudei, quantas coisas passei a valorizar.
Não existe um só dia em que eu não pense nela. As vezes sinto uma saudade e parece que meu coração vai parar de bater de tanto que dói, outras vezes penso em como sou feliz hoje e em como ela tem participação nesta felicidade mesmo sem estar presente fisicamente.
É muito difícil aceitar a vontade de Deus para nossa vida e sonhar Seus sonhos, mas difícil ainda, quando os sonhos Dele vão contra os nossos. É fácil aceitar o bom, é fácil aceitar o que "julgamos bom", mas é difícil viver a fé e acreditar que Deus esta cuidando de nós em TODOS os momentos e que Ele sabe de TODAS as coisas.
Muito se tem falado do Papa Francisco e conservando com meu marido esses dias eu disse que o papado dele pra mim já valeu só pelo fato de ele ter dito que não existe mãe solteira, existe mãe e que as mães solteiras devem sim batizar seus filhos, pois foram contra tudo e todas para levar sua gestação adiante! Achei tão sensível da parte dele dizer isso, Tão de Deus, afinal, Deus não faz acepção de pessoas, então porque a "igreja" faz? Outra coisa que ele disse que me tocou muito foi "as vezes os óculos para ver Deus são as lágrimas" e é tão verdade também! Quantas vezes em meio a euforia, calmaria e bonança nos lembramos de Deus? E durante o deserto? Ninguém precisa responder, sei bem a resposta e tento ao máximo agradecer a Deus sempre, tanto nos momentos de paz quanto nos momentos de tormenta, por mais que seja difícil!
Eu já chorei e vivi a perda da Olívia dezenas de vezes por cada mãe que conheci e vivia ou viveu a mesma dor que eu. Até hoje choro por perdas assim e sei que vou continuar chorando, afinal, eu conheço exatamente a dor, mas também sorrio e vibro com cada positivo, cada nascimento e cada comemoração, seja de meses, do primeiro dente, palavra, primeiros passos... Tão bom ver aquelas mulheres que se tornaram minha amigas e hoje celebram a vida de um filho novamente! Graças as Deus, nós "mães de anjo" somos solidárias umas as outras e sabemos que sempre teremos alguém com quem possamos contar e que não irá nos julgar, somente entender e apoiar.
Parabéns a todas vocês que venceram a dor e hoje vivem o amor! Nunca se esqueçam de que "Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus"
Romanos 8:28
Com carinho,
Roberta
"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir!"