Páginas

Re-Descobrir
Re-Nascer
Re-Conhecer

E é em busca destes Re's que sigo desde que me tornei mãe e aprendi que para estar junto não é preciso estar perto, mas sim dentro do coração.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

A espera do fim... Aborto Retido

Hoje faz 7 dias que confirmamos que minha gestação foi interrompida.

Eu não fazia ideia de como esse processo era dolorido e como abala nossos sentimentos.
Saber que a qualquer momento posso sentir dores, cólicas, ter sangramento ou algo do tipo é assustador. Não saber o que e nem quando irá acontecer, traz um misto de sentimentos que ainda não sei descrever. Estar fisicamente bem e não sentir nada que demostre finalmente o fim deste processo é doloroso e confuso.

Não quero pesquisar muito sobre o processo de curetagem e confio muito na minha obstetra e isso me traz um pouco de paz, em relação ao que vem por aí, mas confesso que só de pensar em entrar na maternidade para "eliminar" o restos daquilo que foi um sonho e motivo de muita alegria, me assusta e apavora.

A perda gestacional, principalmente no início, é um luto invisível e silencioso. É uma dor solitária e incompreendida.

E vamos seguindo, um dia a mais é um dia a menos. Não sei ao certo o que virá, mas aceito e e agradeço.


Roberta Marques
"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir"

domingo, 1 de outubro de 2017

Rivalidade entre irmãos...

Aqui em casa e parece que só na minha casa, temos muitos transtornos causados pelo ciúmes, principalmente pela Coisinha 2, ela tem muita dificuldade em lidar com a chegada da irmã (e faz 3 anos! rs).

Eu ficava muito preocupada com isso, pois a impressão que tenho é de que isso só acontece aqui e em todos os outros lares no mundo, os irmãos se amam, se adoram, são melhores amigos! Até acontecem brigas, mas são aquelas briguinhas bobas, que após alguns segundos se resolvem e a paz volta a reinar! 

Encontrei um livro e estou amando! Ainda estou na metade (comecei faz dois dias) e uma pergunta que li no livro, esta latejando aqui dentro e me fazendo re-pensar o quão doloroso e complicado, deve ser receber um novo membro da família e que ocupa a mesma posição que você. No exemplo a autora diz:

"Imagine que você esta em casa e seu companheiro ou companheira chega e diz: 
_Meu amor, te amo muito e sou muito feliz ao seu lado, porém, vejo que você as vezes se sente muito sozinha (o) e por isso, vou trazer uma nova companheira (o) para te fazer companhia, mas não se preocupe! Meu amor por você continuará o mesmo!
Você vê toda movimentação no preparo da casa para chegada da nova membra (o) e finalmente chega o grande dia!
Vocês começam a receber muitas visitas, todos com a intenção de conhecer aquela Coisinha linda que acabou de chegar. Todos os pedidos dela (e) são atendidos na hora e você escuta sempre aquela famosa frase: _Não fique assim! Você é mais velha (o), não pode agir assim!"

Como se sentiria? Consegue se colocar nessa situação? Consegue enxergar de outro ângulo?
Eu sei que vivemos em uma sociedade monogâmica e que muitos dirão: "Ah! mais esse exemplo não tem como comparar!" será que não?

Já pensou quantas coisas passam pela cabeça da criança que já estava em casa? Como deve ser difícil lidar com estes sentimentos e administra-los sendo ainda tão pequenos?
Todos os dias vemos casos de adultos que não sabem lidar com o ciúmes e comentem até crimes por não saber lidar com o sentimento e se deixam levar pelo momento, pela falta de controle... 

Será que estou sabendo lidar com o ciúme aqui em casa? Será que estou enxergando a forma que realmente é?

Bom, como é só aqui na minha casa (e na da autora do livro) que esta rivalidade e ciúmes acontece, vou continuar minha leitura e meus estudos, afinal, este problema é só nosso!


Até mais!


Roberta Marques - Coisas da Mamãe

"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir"

domingo, 3 de setembro de 2017

Alergia alimentar e o mundo ao redor

É tão fácil escrever sobre momentos bons e leves da maternidade e coisas afins, mas quando a conversa é mais pesada, as palavras faltam até pra mim e olha que isso é dificílimo de acontecer hihi
Sentir na pele os desafios de ter uma criança com alergia alimentar em casa é viver em meio a uma guerra diária. Os profissionais de Marketing não brincam em serviço e o incentivo ao consumo é algo que foge ao nosso controle e nos engole!

Já prestou atenção na disposição das guloseimas que ficam na fila do caixa das padarias? E dos supermercados? Já percebeu que ficam exatamente á altura dos olhos dos pequenos? Agora pense: o que se passa na cabeça de uma criança quando vê tudo aquilo? Ela quer! Simplesmente quer! Na maioria das vezes ela nem sabe do que se trata, mas ela quer, afinal foi estrategicamente colocado lá para aguçar a vontade dos consumidores (neste caso crianças).

Agora que já imaginamos a uma situação, vamos imaginar outra talvez um pouco mais pesada:
Um alcoólatra (adicto) precisa de apenas um gole para cair e muitos deles, evitam festas, locais onde tenha bebida á disposição e travam uma luta diária com o vício. Agora pensem: Se todos os dias, eles forem expostos a balcões repletos de bebidas convidativas, ao alcance das mãos e dos olhos,.. não será mais difícil que ele se mantenha firme no "um dia de cada vez" ou só por hoje não vou beber?  Vamos dificultar ainda mais as coisas? Esse alcoólatra tem apenas 5 anos! 

E ai? Peguei muito pesado? Acha que o exemplo não tem nada haver? Realmente pode até ser, mas é assim que me sinto quando preciso fazer minha filha de 5 anos entender que não pode comer aquelas coisas lindas, coloridas e aparentemente mega saborosas do balcão da padaria, da fila do supermercado ou da mesa de doces da festinha... essa última é doída viu? Vocês já viram as mesas de doce das festa de hoje??? Aquilo não é de Deus não minha gente! Tudo personalizado, até a garrafa de água com tema da festa e normalmente é sobre o personagem da vez e claro, até eu que sou mais boba quero tudo pra mim! 

Confesso que já deixei de ir em várias festinhas para não expor minha menina e não vê-la sofrer, mas também já chorei muitas vezes com ela quando não podia oferecer nada da mesa linda e só pedia para aquilo tudo ser um pesadelo e acordar logo.
Ah! mas não posso deixar de ressaltar, aquelas festas que fomos e recebi uma ligação ou mensagem que encheram meu coração de alegria e meus olhos de lágrimas normalmente com os dizeres: _Oi Rô tudo bem? Estou aqui organizando o cardápio da festinha e queria saber se a Manu pode comer...
Gente é sério! Quando é assim, eu largo tudo e vou! Largo tudo e vou prestigiar essa pessoa tão querida e que se deu ao trabalho de pensar de forma tão carinhosa na minha filha e isso não tem preço gente, sério!!! Gratidão á todos que pensam nela. Gratidão eterna á vocês <3

Agora, estou vivendo outra batalha: fazer ela entender que a irmã não tem restrições e pode comer qualquer coisa, principalmente quando elas não estão conosco... elas tem personalidades muito diferentes e uma das características da Manuela é não querer desagradar ninguém. As vezes quando elas vão visitar alguém e tem alguma coisa que ela não pode comer e a Helena pode, ela observa e não fala nada, mas quando chega em casa diz: "Mamãe, fulano comprou tal coisa pra Helena e só fiquei olhando porque não podia comer. Depois você faz um que eu possa comer?"

É gente, não tem sido fácil viu? A vontade era mudar para um mundo perfeito, mas como mundo perfeito não existe, vamos indo assim mesmo e tentando sobreviver da melhor forma possível, fazendo sempre a nossa parte e esperando que no final dê tudo certo!

Este post foi só um desabafo e talvez ninguém se identifique com ele, ou talvez não né? vai saber!


Beijocas,

Roberta Marques - Coisas da Mamãe
"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir"









segunda-feira, 26 de junho de 2017

Virei mãe e agora? Quem sou eu? - Parte 1/100000

Já faz um tempo que me perdi e já disso isso aqui...
Me perdi quando enterrei minha filha e mesmo depois do nascimento das outras, ainda não me Re-encontrei.

Já não sei ao certo quem sou e as vezes me pergunto para onde estou indo, quais são os meus sonhos, minha vontades, meus desejos e minhas ambições. Difícil pensar em mim somente, quando outras partes de mim andam por aí e dependem deste eu para continuar vivendo. Difícil separar elas e eu, eu e elas... difícil se achar em meio ao caos de não saber o que e nem a quem procurar.

A maternidade me trouxe ainda mais incertezas e desafios. Nos comercias de TV não era assim, lá era tudo bem mais fácil, limpo e organizado. Na televisão as famílias sorriem o tempo todo, até na hora do caos. Na televisão a maternidade é leve e fácil, mas aqui em casa, onde as câmeras não chegam e não tem nenhum script, as coisas são bem o oposto disso e por muitas vezes eu não consigo sorrir nem em meio a mansidão, pois o caos vendou meus olhos e já não vejo ou sinto nada, apenas solidão e vazio... 

Quantas vezes me peguei chorando e olhando para minha filhas enquanto elas dormiam... chorei por não saber sorrir e levar com leveza aquele momento caótico, que não passavam de um leite derramado no chão, mas por estar tão esgotada, aquilo se torna a gota d'agua que vai transbordar meu copo... queria sorrir mais dos momentos assim, mas o cansaço mental do dia a dia tem colhido meus sorrisos e minha mansidão. 

Sabe o famoso "padecer no paraíso"? Hoje eu o compreendo tão bem... sinceramente não sei se conseguiria outra definição tão simples e exata do que é minha maternidade. E enquanto eu vou padecendo no paraíso de ser mãe, fico me procurando e buscando encontrar "quem eu me tornei", pois a partir do momento que a segunda listra apareceu naquele teste em 2010, eu jamais fui a mesma! 

Não sei se vocês conseguiram me entender... acho que não, afinal, nem eu me entendo rsrs

Mas sabe? Se me perguntar onde eu queria estar neste momento, não teria dúvidas para responder: "Eu queria estar em qualquer lugar, desde que estivesse com minha família ao meu lado"

Por hoje é só! Vou alí padecer no paraíso e quando der eu volto!


"nosso amor é como o vento: não posso ver não posso tocar, mas posso sentir!"

sábado, 24 de junho de 2017

O TDHA e eu... EU e o TDAH... parte 2

Falei outro dia sobre meu Transtorno. Aquele post já é um pouco antigo, eu publiquei no instagram e depois decidi trazer pra cá.
Algum tempo se passou desde aquela postagem e depois disso algumas coisas mudaram...

Eu procurei um Psiquiatra e confesso que foi dificílimo estar frente a frente com ele e me expor. Contar pra ele tudo o que sentia e ouvir da boca dele meu diagnóstico. Por mais que eu já soubesse, ouvir de um profissional é muito complicado. Difícil digerir e aceitar sua condição.

Hoje, estou tomando medicação e não vou citar nomes pois a intenção não é incentivar auto medicação (apesar destes remédios só serem vendidos com receita).

Pode parecer bobeira, mas hoje eu já consigo fazer coisas simples como ir ao supermercado e comprar realmente o que eu precisava. 
Por exemplo: Antes eu ia ao mercado comprar batatas e voltava com sacolas e mais sacolas de tudo o que você possa imaginar, menos a batata! Fora o dinheiro que gastava, perdia tempo, pois tinha que voltar ao mercado (e a chance de voltar novamente sem a batata era imensa!). Quem é mãe sabe que nosso tempo é artigo de luxa na vida das mães e no meu caso era muito mais valioso ainda, pois eu perdia tempo com besteiras por falta de atenção. Só eu sei como isso me machucava!

Todas as consultas, meu médico me passa tarefas simples, como: arrumar as coisas da manhã seguinte ainda pela manhã, ler 3 páginas de um livro e depois fazer um resumo do que conseguia absorver (sim! eu lia e 2 minutos depois me esquecia completamente!)

As coisas estão melhorando por aqui e as poucos estou aprendendo a aprender, aprendendo a pensar antes de fazer (e falar), aprendendo a me organizar.

O combinado com meu médico é de que vamos reprogramar a minha mente, para que eu não me perca em meio aos meus pensamentos e devaneios, que eu consiga focar minha atenção naquilo que estou fazendo no momento e assim, dia após dia, degrau por degrau, vamos nos adaptando a este novo olhar e novo jeito de ver e fazer as coisas, das mais simples as mais complexas.

Aos poucos eu vou me encontrando e me RE-conhecendo. Este processo tem feito muito bem não só para mim, mas para minha família em geral e faz parte do meu RE-nascimento após a maternidade.

Olha para mim, após a maternidade tem sido uma tarefa complexa, mas muito enriquecedora e fortalecedora. Descobrir quem me tornei após este processo só tem trazido benefícios e elevado minha auto-estima <3


"Nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir"

segunda-feira, 19 de junho de 2017

O TDAH e eu... Eu e o TDAH... parte 1

Escrever aqui e me expor desta forma não é fácil, mas talvez possa ajudar outras pessoas que assim como eu, lutam diariamente para organizar sua bagunça interna e consequentemente a externa.

Sei que julgamento acontecerão, mas sempre convivi com eles, achando que realmente tinha problemas, mas hoje sei que minha condição é completamente contornável e que sou capaz de tudo!

Desde criança, sempre tive dificuldades em começar e terminar algo. Sempre parava na metade! Começava com toda empolgação do mundo e pouco tempo depois, desistia. Com isso, sempre ouvi coisas tipo: "você nunca termina nada!" "Vai começar outro curso? Pra que? Pra abandonar no meio?" "Você é muito indecisa, cada hora quer uma coisa!" E por aí vai.... Eu cresci acreditando nisso e só eu sei, quantas vezes sofri e chorei sozinha por não conseguir terminar nada e sempre me perguntava o que tinha de errado comigo.

Muitas coisas passaram pela minha cabeça e o suicídio foi uma delas. Graças a Deus, sempre tive dificuldade de me manter triste por muito tempo e assim como desistia de tudo muito rápido, sempre desisti destes pensamentos ruins.

Apesar de tudo, eu seguia a vida e já estava acostumada a ser assim, afinal, era "meu jeito", mas me casei, tive filhos e foi aí que as coisas começaram a apertar! Eu esquecia hora de remédios, vacinas, informações importantes sobre elas e foi então que uma luzinha acendeu e eu decidi procurar ajuda. 
Pesquisei meus sintomas na internet, li "Mentes inquietas" e busquei ajuda e apoio psicológico. 
Tomar medicamentos não é minha intenção, sei que ainda tenho um longo caminho pela frente, mas aos poucos estou começando a tomar conta de mim. Iniciei esta caminhada em busca do equilíbrio há 4 meses e as mudanças tem me transformado dia a dia.

Precisava falar sobre isso...

sexta-feira, 16 de junho de 2017

O silêncio da perda gestacional

Perder um filho, principalmente durante a gestação ou após pouco tempo de nascido, traz as pessoas uma sensação de que "é mais fácil superar" , "é menos doloroso" "outros ainda virão"...

Quando as pessoas sabiam da minha perda, sempre tentavam me "consolar" desta forma, mas no fundo, ouvir frases deste tipo, traziam uma dor ainda maior, mas também eu sentia compaixão por aquela pessoa. Sentia compaixão por ela estar tentando me ajudar, lidando com algo que ainda é um tabu muito grande para nós que á A MORTE e se não estamos preparados para lidar com a morte de pessoas mais idosas e muitas vezes já bem doentes, como poderíamos lidar com uma morte tão prematura e inesperada?

Perder um filho ainda durante a gestação é muito dolorido, silencioso e sozinho. Ninguém, além de nós, consegue saber o que se passa aqui dentro. Os sentimentos ficam confusos e a dor dá a mãos para o amor e eles começam a andar juntos. Todas as vezes que nos lembramos do amor, a dor aperta sua mãe e as lágrimas correm pelos olhos. 

Precisamos falar sobre a perda gestacional e precisamos acolher os pais e mães que passam por esta dor. Precisamos abraçar estas famílias como um todo e não permitir que essa voz se cale. Perder um filho dói e dói muito. Não importa se foi 1 dia, 1 mês ou 9 meses dentro do barriga, tampouco importa se foi 1 dia, 1 mês, 1 ano ou mais fora dela, perder um filho dói. 

Não podemos anular esta dor ou simplesmente deixar pra lá.



"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir"


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Sacolinha surpresa diferente (sem guloseimas)

Hello Coisinhas!!!






Não sei se todos sabem, mas minha Coisinha 2 é APLV (alergia à proteína do leite de vaca) e isso a deixa com uma restrição relativamente grande para alimentos, principalmente guloseimas!

Sempre que vamos a festas de aniversário nos esbarramos na mesa de doces, mas esta é mais tranquilo contornar, já a SACOLINHA SURPRESA... Ah! essa é o nosso tormento, principalmente porque a maioria delas é recheada de balas e doces repletos de CASEÍNA, nem sempre é fácil negociar com ela, pois todas as crianças levam a sacolinha pra casa e ela também quer, afinal, é apenas uma criança de 4 anos!

Ano passado fizemos uma festinha e como ela já estava me cobrando algumas coisas (uma delas é que ela queria entregar o saquinho surpresa para os amigos) eu pesquisei bastante e decidi fazer uma "SACOLINHA LITERÁRIA"
Como eu preciso confirmar a presença dos convidados para a lista do condomínio, aproveitei para pegar com eles o nome e a idade de todas as crianças e assim fiz uma separação por idade.

Comprei os livros naquelas feiras e como havia muita opção, não foi difícil.
Para complementar, eu coloquei um lápis preto com uma ponteira de flecha que eu mesma fiz de EVA (O tema da festa era Merida - Valente)

(Aqui os livros estavam separados por idade para facilitar a contagem e embalagem)

(coloquei fita laranja no das meninas e azul no dos meninos para ficar mais fácil 
na hora de entregar, todas as sacolas estavam com nome)


Este ano, não faremos festa, decidimos ir ao Parque da Mônica, mas para não passar em branco, fizemos ontem um bolo na escola e como lá eles comemoram no horário do lanche, sem decoração ou coisa assim, apenas o bolo e o parabéns, eu novamente fiz a lembrancinha literária, mas desta vez, eu embalei com papel pardo e ela escreveu o nome dos colegas com suas próprias mãozinhas pequenas, lindas e que farão 5 anos amanhã, dia 29 de Abril!



Ontem postei no meu IG do insta sobre isso e coloquei as fotos lá, até então, não tinha o feedback da minha Coisinha sobre a reação dos amigos, mas hoje eu já sei de tudo!! hahahaha
Ela disse que todos eles adoraram e que a professora foi lendo o nome e entregando pra eles. Pensem em uma criança animada e feliz! Como ela escolheu o livro de cada um, se sentiu muito especial!

Depois que postei no Insta, várias pessoas deixaram suas sugestão de idéias para sacolinha de lembrancinha sem doces e todas são idéias muito legais! Em cima das dicas que deixaram e olha quanta ideia legal!

  • kit de colorir
  • Ponteira e lápis preto
  • CD com músicas infantis
  • Almofada Personalizada
  • Bola de Sabão
  • Bloquinho de Anotações
  • Fantoches
  • Caneca
  • Sacolinhas de tecido
  • Jogo da velha
  • Cofrinho de madeira com tinta para a criança pintar
  • Adesivos
  • Livro para colorir
  • Avental de Cozinheiro
  • Massinha de modelar
  • Kit para higiene bucal

Tem tantas opções bacanas!!! O mais legal é que muitas dessas idéias, conseguimos fazer junto com nossos pequenos e para eles é uma satisfação incrível participar desses detalhes!


Além das crianças alérgicas e com outros impeditivos como a Diabetes por exemplo, tem também aquelas famílias que evitam doces e guloseimas para os pequenos ou até mesmo, não querem ultrapassar a cota de doces que a festa já tem por si só, então, é sempre legal encontrar diferentes e muito divertidas!


Até mais!


"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir"




quarta-feira, 14 de junho de 2017

Voltei e agora vou ficar!

Oi gente tudo bem???

Por aqui tudo anda dentro dos conformes ;)

Bom, por diversas vezes pensei em fechar este blog e tal, mas era só pensar sobre isso que recebia um email ou um comentário dizendo o quanto um post específico havia ajudado e tal, ai sempre acabava ficando com ele mais um tempo.
Já faz um tempinho que ando buscando me reencontrar (acho que desde que descobri a maternidade mas... rs) e em uma destas buscas, fui parar em um curso la nos EUA e tive a felicidade de conhecer uma pessoa que me inspirou muito, a Rosa.
Conversando com ela, descobri que poderia sim dividir minhas alegrias e anseios sobre a maternidade e não só sobre a perda do filho (o blog não nasceu com esta intenção, mas tomou este rumo).

Então é o seguinte:
Agora vou ficar aqui! Tenho outras coisas por ai, mas o blog, vou ficar com esse. Esta é minha história, ele é um pedaço de mim e não posso abandona-lo e nem troca-lo por outro, sendo assim:

"Eu voltei, agora pra ficar. Porque aqui, aqui é meu lugar! Eu voltei, para as coisas que deixei, eu voltei"

Quem quiser me seguir nas outras redes é só me procurar

Instagram @coisasdamamae
Facebook  -Coisas da Mamãe

e #tamojunto


Mas me conta, gostaram da notícia????


Ate mais ;)



"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir"

sexta-feira, 31 de março de 2017

Sou Pai e também perdi meu filho!

Perder um filho não é fácil para os Pais.

Normalmente a Mãe recebe apoio dos amigos, parentes,... mas e o pai? Geralmente ele recebe uma ou duas palavras de incentivo e só. Os homens não sabem conversar sobre o luto, aliás, quem sabe não é mesmo?

Aqui em casa eu me lembro muito bem do momento que meu esposo recebeu a ligação de uma amigo, ele estava deitado na cama comigo, sem chão assim como eu, mas após este telefonema, ele deu um salto da cama, tomou um banho e foi trabalhar! Não sei ao certo qua foi o teor da ligação, mas confesso que desejei ouvir aquelas palavras tão animadoras a ponto de fazer um pai que acabou de perder seu filho se levantar e seguir em frente como "se nada tivesse acontecido" rsrs

Após isso, não posso falar quantas vezes meu esposo pode conversar com alguém sobre a Olívia, só sei que foram muito menos do que eu.

Acho engraçado essa necessidade dos homens em mostrar uma força que na verdade é inexistente. Uma fortaleza que no fundo tem muros baixos e não tem portão algum. Eles não se permitem fraquejar e quando permitem, vem logo outro homem para lembra-lo que ele "precisa ser forte" e seguir em frente. Afinal ele é homem não? Uma pena!

Nesses 6 anos que me tornei mãe órfã, tenho visto muitos casais se divorciarem. Muitos mesmo. Não sei, mas eu relaciono com a falta de maturidade e e apoio para lidarem com a frustração de não ter conseguido muitas vezes formar a família que eles planejavam ou aumenta-la.

Claro que tudo tem vários lados e tem também aqueles casais que se apegam ainda mais e formam um vinculo cada dia maior por viverem esta dor juntos, mas hoje quero falar sobre o lado mais triste, o da separação.

A mulher por sua fragilidade natural e por tudo o que viveu, carrega consigo muitas vezes a culpa por não ter conseguido levar a gestação adiante ou até mesmo por algo que possa ter acontecido após o nascimento e durante a vida do filho que morreu, mas o pior é que muitos homens consciente ou inconscientemente culpam essas mulheres pela perda.

Hoje, 5 anos depois do falecimento da nossa filha eu sei que meu marido ainda sofre demais pela morte dela e que muitas duvidas ainda pairam em seu coração. Eu sei que depois daquele 19 de janeiro, os olhos dele não brilharam mais como antes e sei também que deveríamos ter sido instruídos ou tomado a iniciativa de procurar uma ajuda profissional, já que o apoio que vem de fora, na grande maioria das vezes não vem da forma que precisamos.

Eu sou uma mulher de sorte! Nunca escutei do meu esposo que a "culpa foi minha" ou que eu deveria ter feito algo diferente, muito pelo contrário, mas eu sei que muitas amigas minhas escutaram isso diversas vezes e se magoaram muito, a ponto de transformar o amor por seu esposo e isso acaba gerando conflitos e separações, afinal, quando o marido culpa a esposa pela perda, acaba transferindo a frustração pela perda em sua relação e isso sem dúvidas abala o casamento.

Quando enterramos nossos filhos, enterramos também nossos planos, sonhos e esperanças, se reencontrar após isso é uma tarefa difícil e que precisa de muito apoio e ajuda.

Vamos nos ajudar mais. Vamos amar mais o próximo e oferecer ajuda não somente a mãe que perde seu filho, mas também ao pai. Pode parecer que não, mas agindo desta forma, podemos não só salvar pessoas, mas uma família!

O Pai também perdeu seu filho! Não menospreze a dor que ele sente.


Com carinho,


Roberta
"nosso amor é como o vento: não posso ver, não posso tocar, mas posso sentir!"